16.4 C
Viçosa
sexta-feira, 19 abril, 2024
- Publicidade

Compromisso comprometido com o descompromisso ou algo parecido

O aniversário dos 149 anos de Viçosa aconteceu de uma forma diferente, desta vez não houve o hasteamento das bandeiras e o desfile cívico-militar. O feriado comemorativo corre até hoje por conta de uma mudança da data do dia comemorativo do funcionalismo público, que trazido do dia 28 de outubro para o dia 01, mas o ponto facultativo decretado para o dia 02, deu de presente para uma parte dos servidores da Prefeitura três dias de folga. Também outras tantas cidades passaram ou passam por este inerte comemorativo, e até mesmo o nosso 7 de setembro foi apagado e por muito ou por poucos a bandeira brasileira está aprumada em algumas residências.

Pensando assim, que podemos remanejar datas e manipular números, podemos pensar que esta pandemia tem sua lógica no desarme da produção mundial e no empobrecimento dos países que tiveram de disponibilizar muitos recursos para o combate ao Covid-19. Aqui no Brasil, foram roubados e mal gastos rendendo páginas policiais para governadores, prefeitos e empresários bandidos. Aqui na nossa região passou uma diligencia da PF, mas que ainda não trouxe estragos políticos, mas deixou grande uma expectativa para os opositores.

A mistura da política com a doença patrocinada pelo desencontro de informações entre a OMS, Ministério da Saúde e o Consórcio de Mídia, somado ao excesso de zelo de alguns administradores públicos arranhou e estragou os planos de quase todos para o 2020. Exceto daqueles, que são campeões no oportunismo.  A manipulação dos números que assolou o País, reduzindo os casos das doenças que levam ao óbitos milhares de pessoas todos os anos para se transformarem em estatísticas do Covid-19. Isso assustou e assusta até agora, mesmo tornando-se evidente quando se cruzou os registros de óbitos dos cartórios civis e os boletins epidemiológicos.

Aqui na centenária Viçosa e seus arredores assiste-se agora a paralisação das aulas, porque se antes estavam proibidas agora são os pais que estão preocupados com a ida dos filhos para as escolas. Segundo pesquisa promovida pela rede particular de ensino, em Viçosa, mais da metade dos pais temes pela segurança dos filhos com o retorno das aulas e os professores da rede pública.

Como no artigo sobre bares e restaurantes que se encontra em nosso site, em Viçosa, ao menos 14 estabelecimentos encerraram suas atividades, fecharam as portas e têm dificuldade em reabrir. Muitos outros empreendedores, que deram continuidade para os seus projetos de reforma e montagem, como é o caso do Arte Bar e na nova versão do Floricultura apostam em novos tempos. Na verdade só Deus sabe como vai ser o comportamento dos clientes depois desta temporada convivendo com o delivery e com os churrascos em casa. Será que descobriram o conforto do lar? Será que vão voltar as rotinas dos bares? Serão somente os cervejeiros que aflitos por uma gelada tomada em pé no papo do balcão é retornaram ao exercício público do gole?  Para muitos a crise está longe de terminar, para outros o momento ainda reflete a tranquila emoção de ser funcionário público com os salários em dia podendo então, agora sem as barreiras sanitárias, voar para os balneários que já retomam as suas atividades.

No meio deste pandemônio intelectual, boçal e ideológico navegam os oportunistas de carteirinha que militam na política e nos negócios do dinheiro público. Estes nós vamos conhecer, e as suas armações no virar das eleições caso sejam derrotados. Do contrário, o lixo será escondido por debaixo do tapete por mais 4 anos. Enquanto isso, o cidadão brasileiro, que assiste a tudo em cima do muro, se equilibra com o auxílio emergencial, que o presidente aprendeu que dá popularidade e agora que fazer virar outra coisa a partir do próximo ano. Porém, não sabe de onde virá o dinheiro, e nesta jornada está em cena o Ministro da Economia de frente com o Congresso Nacional tentando fazer andar a reforma administrativa e a reforma fiscal, que os congressistas querem como sempre negociar.

Se o tempo não para a única certeza é que estamos todos correndo contra o tempo, porque a cada dia queremos fazer mais, ter mais e ser feliz, como se as coisas fossem simples e possíveis. A medida que lutamos para conseguir nos defrontamos com as dificuldades que seriam menores se o processo político administrativo fosse mais coerente com o cidadão e menos comprometidos com os partidos e com os interesses pessoais. Será que vamos continuar comemorando aniversários de cidades extremamente antagônicas dentro da sua própria sociedade ou vamos recriá-las e quem sabe reabri-las com outro nome e começar tudo de novo, como uma empresa que pode ter oportunidade de se recuperar com um outro protagonismo. A coisa pode acontecer no dia 15 de novembro em perto de 5.570 municípios brasileiros. A escolha é sua eleitor!

Por Fernando Xim

- Publicidade

Relacionados

- Publicidade -spot_img

Popular

- Publicidade-spot_img